sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tudo é composto de água


Durante período arcaico meados do séc VIII-VI a.C. os povos da península grega gradualmente se estabeleceram em um grupo de cidades-estados e desenvolveram um sistema de escrita alfabético, bem como os primórdios do que hoje é reconhecido como filosofia ocidental. As civilizações anteriores se valiam da religião para explicar os fenômenos do mundo ao seu redor.

Agora, uma nova estripe de pensadores surgia e tentava encontrar explicações naturais e racionais. O primeiro desses pensadores científicos foi Tales de Mileto. Nada sobreviveu de seus textos, mas sabemos que detinha bom domínio de geometria e astronomia e atribui-se a ele a previsão de um eclipse total do sol em 585 a.C. essa maneira de prática de pensar levou-o a acreditar que acontecimentos no mundo não se deviam a intervenção sobrenatural, mas tinham causas naturais que a razão e a observação revelariam.

Tales precisava estabelecer um princípio a partir do qual trabalharia, então formulou a pergunta “qual a matéria prima básica do cosmos?”. A ideia de que tudo no universo pode ser reduzido basicamente a uma única substancia é a teoria do monismo. Tales e seus seguidores foram os primeiros a propor isso dentro da filosofia ocidental. Tales ponderou que a matéria prima básica do universo tinha que ser algo a partir do qual tudo o mais pudesse ser formado. Tinha, ainda, de ser essencial à vida capaz de movimento e, por tanto, de mudança. Ele notou que a água é evidente necessária para sustentar todas as formas de vida, e que ela se move se modifica, assumindo diversas formas, do liquido ao gelo sólido e a nevoa vaporosa. Tales concluiu, então, que toda matéria, independentemente de suas aparentes propriedades deve ter água em algum estágio de transformação. Tales também percebeu que toda massa da terra parece chegar ao fim à beira da água. A partir disso, deduziu que todo conjunto da terra devia flutuar sobre uma base de água, da qual ele emergiu. Quando ocorre algo que causa ondulações ou tremores nessa água, propôs Tales nós os sentimos como terremoto. Ainda que sejam interessantes os detalhes das teorias de Tales elas não são a principal razão pela qual ele é considerado uma figurara destacada na história da filosofia. 

Sua real importância e diferença para a época está no fato de que foi o primeiro pensador conhecido a buscar respostas naturalistas e racionais, em vez de atribuir os objetos e os acontecimentos aos caprichos de deuses volúveis. Ao fazer isso, ele e os filósofos posteriores da Escola de Mileto lançaram as bases do pensamento filosófico e cientifico do mundo ocidental.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ecossistema brasileiro

No Brasil existem sete ecossistemas, que são regiões com características naturais semelhantes:
Costeiros, Campos Sulinos, Floresta Amazônica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, e Mata Atlântica.

Costeiros:
É composto por praias arenosas e lodosas, ilhas costeiras e oceânicas.

Ecossistema Costeiros

Campos Sulinos:
Está localizado no Rio Grande do Sul, sendo denominado de Pampas a vegetação é rala com poucas espécies, tornando-se mais densas nas compostas.

Ecossistema Sulinos


Floresta Amazônica:
Abrange nove Estados brasileiros é a maior floresta tropical do planeta, e uma das mais importantes reservas naturais existentes. A floresta Amazônica é um conjunto de ecossistemas, e por isso é considerada um bioma. Nela estão localizados grandes variedades de espécies de animais e plantas.

Ecossistema Floresta Amazônica


Cerrado:
É a segunda maior área florestal do Brasil. Está localizada na região Centro Oeste correspondendo a cerca de 22% do território nacional com uma área de 22 Km². Constituído por árvores baixas que se localizam entre arbustos e gramíneas.

Ecossistema Cerrado


Pantanal:
É uma zona de transição entre os domínios amazônicos e o cerrado. Apresenta um ecossistema dependente das inundações dos rios que o atravessam.

Ecossistema Pantanal


Caatinga:
É tipica do sistema semi-árido. nela são encontradas as xerófilas, espécie que se adaptam ao clima semi-árido como os cactos e as aroeiras.

Ecossistema Caatinga


Mata Atlântica:
A mata atlântica caracteriza-se pela presença de árvores de médio e grande porte, que constituem uma floresta densa e fechada com uma rica biodiversidade.

Ecossistema Mata Atlântica

Fonte: Livro Superestudante Junior (Valter Alves Borges)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Você sabia?

Que, Iliada é o livro do grego Homero que narra parte da guerra de troia, luta travada entre gregos e troianos durante dez anos. o livro conta os acontecimentos de 51 dias referente ao penúltimo ano da luta.A história relata o conflito propiciado pelo rapto de Helena a esposa do rei grego Menelau, mas que se apaixonou Páris, príncipe de Tróia.  Então, os soldados gregos cercam troia com o objetivo de resgatar Helena. O principal personagem da obra é o herói e bravo guerreiro Aquiles.
já na obra   Odisséia, Homero conta a história do herói grego Ulisses também conhecido como Odisseu, rei de Ítaca que deixa sua família e seu povo para defender seu povo na guerra de tróia. na viagem, Ulisses vive diversas aventuras encontrando com seres sobrenaturais e perigosos, como ciclopes, que são gigantes de um só olho no meio da testa, e sereias em forma de pássaros.

domingo, 30 de junho de 2013

Filosofia e a sociedade em nossos dias

Estamos vivendo dias em que vemos uma grande massa da população brasileira indo as ruas lutar por seus direitos e por um País mais justo, essas pessoas e ou sociedade retratam uma filosofia quem vem de longos anos, vejo que os filósofos já conheciam no passado o que vivemos hoje, em relação as manifestações ocorridas nos nossos dias e é o que nos mostram as ideias de dois filósofos basilares da tradição filosófica, Hobbes e Aristóteles quando falam sobre a vida em sociedade e sobre os problemas sociais vividos na contemporaneidade:

Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade é marcada por contradições e conflitos. Na atualidade, este fato está cada vez mais visível, na medida em que assistimos, atônitos, ao alto grau de violência nos grandes centros urbanos. A todo instante, somos conduzidos a crer que a violência faz parte da condição humana, ou seja, que somos naturalmente seres violentos. Com efeito, acreditar nesta premissa torna-se argumentativamente onerosa, pois, como se sabe, nada pode justificar de forma plausível que a violência nos é verdadeiramente inerente.

De fato, no contexto do sistema que emerge na atualidade, as relações humanas encontram-se cada vez mais imersas em atitudes de intolerância, deflagrando assim um empobrecimento das condições de vida. A “boa vida” que Aristóteles apregoa não nos cabe mais? Em nosso cotidiano, não cabe mais pensar na solidariedade? Vivemos numa época de transformações em todos os níveis. Não obstante, estas transformações refletem inexoravelmente na nossa própria capacidade de lidarmos com o semelhante ou o outro. O outro é cada vez mais estranho para nós, ele está mais distante de nossa própria capacidade de compreendermo-nos .

Enquanto indivíduos e cidadãos. Somos mesmo um animal político? Nossa condição natural é sermos hostis, intolerantes, egoístas e desleais? Como definir o gênero humano?

As respostas a estas indagações devem necessariamente perpassar pelo questionamento das condições e particularidades da natureza humana. Neste viés argumentativo, o problema acerca da natureza humana emerge na História da Filosofia como uma reflexão sobre a própria animalidade do homem. Afinal, o objetivo de uma reflexão sobre a essência da natureza humana não é identificar aquilo que é próprio do homem?

Com o propósito de nos guiar neste assunto tão complexo e rico de argumentos e contra-argumentos torna-se absolutamente necessário um solo firme para que se possa apoiar em vista a alcançar a significação plena da nossa própria natureza e, consequentemente, das explicações para nossos atos e dilemas atuais. Desse modo, a contradição de ideias de Aristóteles e Hobbes nos será fundamental neste objetivo.

A NATUREZA EGOÍSTA DOS HOMENS

O exame proposto pelo filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) acerca da natureza humana ocorre em dois planos que, de certa forma, se complementam. Assim, o Filósofo parte dos primeiros indícios de movimento do homem, em vistas ao conhecimento das paixões e outras faculdades humanas, com o objetivo maior de demonstrar, em um segundo momento, como estas paixões e faculdades determinam o comportamento inevitável do homem em relação aos outros homens, quando removida a obrigação do cumprimento da lei e dos contratos, o estado de natureza.

Desse modo, por meio da descrição do comportamento dos homens neste estado, Hobbes caracterizará a natureza do “homem natural” no plano de interação a partir de dois predicados fundamentais: (a) o primeiro, decorrente da igualdade de condições, é a cobiça natural dos homens proveniente das suas paixões; (b) o segundo, é o desejo que cada homem possui de evitar a morte como o maior dos males da natureza. O primeiro predicado que caracteriza o homem natural “abarca o uso desregrado que faz do seu derredor”, procurando decidir a ferro e fogo a questão do “meu” e do “teu” a seu favor, ignorando, acima de tudo, qualquer prescrição normativa. De acordo com Hobbes, a cobiça humana não conhece limites naturais, de modo que a pergunta acerca do que pertence a um ou a outro homem é decidida pelo poder que cada homem consegue exercer sobre os semelhantes. O segundo predicado explicita a racionalidade da conduta dos homens no estado de natureza, ao passo que os homens violam a palavra dada, quebram acordos ocasionais e “se agridem reciprocamente na medida em que não são capazes de descobrir como irão agir e reagir os seus semelhantes em cada momento, razão pela qual é melhor o ataque do que ser atacado”

Tal caracterização da natureza humana já é suficiente para inferir que, por natureza, o homem hobbesiano tende para associabilidade no lugar da sociabilidade. Esta pressuposição é perfeitamente justificável pelo fato de que, sendo os homens naturalmente iguais e detentores dos mesmos direitos, dificilmente os homens poderiam estabelecer naturalmente uma sociabilidade estável de maneira a garantir uma convivência pacífica sem causar danos uns aos outros. Citemos Hobbes no Leviatã: “(...) os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros (e sim, pelo contrário, um enorme desprazer), quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito. Porque cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele se atribui a si próprio e, na presença de todos os sinais de desprezo ou subestimação, naturalmente se esforça, na medida em que tal se atreva (o que, entre os que não têm um poder comum capaz de submeter a todos, vai suficientemente longe para levá-los a destruírem-se uns aos outros), por arrancar de seus contendores a atribuição de maior valor, causando-lhes dano e dos outros também, através do exemplo”

Dessa forma, é possível conceber que Hobbes empreende uma caracterização da natureza humana em oposição à concepção clássica ou aristotélica, segundo o qual o homem é, devido à sua natureza singular, um “animal político” (zóon politikón) determinado por um instinto gregário que o conduziria espontaneamente a conviver com seus semelhantes. Vejamos, portanto, como Aristóteles apresenta esta concepção para, a partir desta, mostrar como Hobbes desenvolve a sua crítica ao modelo de homem, tal como é concebido pela tradição aristotélica.

Diante de tudo isso chego à conclusão que estes dois filósofos estão presente em nossos tempos e nossos políticos são os lobos que Hobbes cita em Leviatã, os brasileiros estão a mercê de uma minoria que tem o poder em suas mãos e se preocupam apenas com seus próprios desejos de viverem bem.

Referencias:

1-Revista ciência e vida, filosofia n.69, ed. abril ano 2012.

sábado, 29 de junho de 2013

Você sabia?

Que o complexo regional é uma das formas de regionalizar o País.  Possuímos três complexos regionais: Nordeste, centro-sul e Amazônia, sendo a Amazônia o maior de todos. Essa classificação é decorrente da análise socioeconômica do país.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Relações Internacionais


Curiosidade

Você sabia?

Que o Vaticano é o menor País do mundo, com uma área de 0,44 km². Localiza-se ao oeste de Roma, dentro da Itália. É um Estado soberano governado pelo papa, e conhecido, por tanto como um País pelo governo Italiano desde de 1929 pelo tratado de Latrão, assinado pelo ditador Benito Mussolini(1833-1945) e o Papa Pio XI (1857-1939.

Meio Ambiente

O termo “meio ambiente” é considerado pelo pensamento geral como sinônimo de natureza, local a ser apreciado, respeitado e preservado. Porém é necessário um ponto de vista mais profundo no termo, estabelecer a noção no ser humano de pertencimento ao meio ambiente, no qual possui vínculos naturais para a sua sobrevivência.

Por meio da natureza, reencontramos nossas origens e identidade cultural e biológica, uma espécie de diversidade “biocultural”. Outra definição sobre o termo “meio ambiente” o coloca no significado de recursos, de gerador de matéria-prima e energia.

Nesta segunda definição, a educação ambiental trabalha a noção de consumo responsável e solidária, na defesa do acesso às matérias-primas do meio ambiente de forma comum para todos. Na terceira concepção da palavra, quando falamos em “meio ambiente” no seu curso de problemáticas e questões, surgem as pesquisas e as ações em prol das soluções sobre as perdas e destruições que desfavorecem o equilíbrio natural de um determinado meio.

“Meio ambiente” no sentido de ecossistema é um conjunto de realidades ambientais, considerando a diversidade do lugar e a sua complexidade . O “meio ambiente” como lugar onde se vive é referente à vida cotidiana : casa, escola, e trabalho. O “meio ambiente” como biosfera surge para explicar a interdependência das realidades sócio-ambientais em todo mundo, a Terra é a matriz de toda vida.

O termo “meio ambiente” também pode designar um território de uso humano e de demais espécies. Toda pesquisa e educação ambiental deve considerar todos os significados sobre o termo “meio ambiente”.

Significado de Bioma

O que é Bioma:

Bioma é a vida de um grupo, e é um termo de origem grega. Esta palavra foi criada por um ecólogo americano chamado Frederic Clements, que definiu bioma como uma comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação. Desde a sua criação, bioma vem sofrendo algumas modificações e muitas definições.

Um bioma é uma grande unidade de paisagem. Apresenta uma fisionomia homogênea e os mesmos fatores ecológicos. Ocupa uma vasta zona, cujos limites são principalmente de natureza climatérica.

Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, são as comunidades biológicas, organismos da fauna e da flora, como florestas tropicais úmidas, tundras, savanas, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, biomas aquáticos, como recifes de coral, zonas oceânicas, praias e dunas.

Os biomas terrestres se constituem por três grupos de seres, aqueles que produzem que são os vegetais, aqueles que consomem que são os animais e os decompositores que são os fungos e as bactérias.

Um conjunto de ecossistemas constitui um bioma, e o conjunto de todos os biomas da terra constitui a biosfera da terra.

Biomas Brasileiros



O Brasil apresenta seis tipos de biomas:

· Bioma Amazônia: ocupa cerca de 50% do território brasileiro, no noroeste;

· Bioma Cerrado: ocupa aproximadamente 24% do Brasil, localizado no centro-oeste;

· Bioma Mata Atlântica: presente em cerca de 13% do país; situado no sul e sueste;

· Bioma Caatinga: presente em mais ou menos 10% do território nacional, localizado no nordeste;

· Bioma Pampa: ocupa cerca de 2% do Brasil, localizado no sul;

· Bioma Pantanal: extensão de mais ou menos 2% do Brasil, na região centro-oeste.

A grande diversidade de ecossistemas

Ecossistemas naturais - bosques, florestas, desertos, prados, rios, oceanos, etc.

Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc.

Atendendo ao meio físico, há a considerar:

Quando, de qualquer ponto, observamos uma paisagem, percebemos a existência de descontinuidades - margens do rio, limites do bosque, bordos dos campos, etc. que utilizamos frequentemente para delimitar vários ecossistemas mais ou menos definidos pelos aspectos particulares da flora que aí se desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar todos os ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema chamado ecosfera. Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto, constituem a biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu biótopo. Ou seja:


BIOSFERA + ZONA SUPERFICIAL DA TERRA = ECOSFERA


Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecosfera - também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhecidos por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude. Por sua vez, em cada bioma, é possível delimitar outros ecossistemas menores. 
Bioma é conceituado no mapa como um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria.


Os principais biomas do ambiente terrestre

Tundra

Localiza-se no Círculo Polar Ártico. Compreende Norte do Alasca e do Canadá, Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria. Recebe pouca energia solar e pouca precipitação, esta ocorre geralmente sob forma de neve e o solo permanece a maior parte do ano gelado. Durante a curta estação quente (2 meses) ocorre o degelo da parte superior, rica em matéria orgânica, permitindo o crescimento dos vegetais. O subsolo fica permanentemente congelado (permafrost). A Tundra caracteriza-se por apresentar poucas espécies capazes de suportar as condições desfavoráveis. Os produtores são responsáveis por capim rasteiro e com extensas áreas cobertas por camadas baixas de liquens e musgos. Existem raras plantas lenhosas como os salgueiros, mas são excessivamente baixas (rasteiras)





As plantas completam o ciclo de vida num espaço de tempo muito curto: germinam as sementes, crescem, produzem grandes flores (comparadas com o tamanho das plantas), são fecundadas e frutificam, dispersando rapidamente as suas sementes.
No verão a Tundra fica mais cheia de animais: aves marinhas, roedores, lobos, raposas, doninhas, renas, caribus, além de enxames de moscas e mosquitos.


IMAGENS DE BIOMAS:










Referências:

www.sobiologia.com.br
www.significados.com.br

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Antropologia Jurídica

Na perspectiva da cultura ou da evolução humana, antropologia é uma ciência que se interessa por ideias, valores, símbolos, normas, costumes, crenças, invenções ambiente etc., e, portanto, encontra-se associada a outras ciências (direito, sociologia, política, história, geografia, linguística). Em razão disso, motivo pelo qual sua autonomia não é universalmente reconhecida, daí as disputas ou dificuldades em relação à determinação de seu objeto de estudo. Antropologia, em sentido etimológico, significa estudo do homem.

HENRY LEWIS MORGAN foi o primeiro antropólogo a elaborar um modelo de desenvolvimento da humanidade.

FRANZ BOAS contestou o evolucionismo e fundou a escola difusionista e muitos o consideram o fundador da Antropologia contemporânea.

MALINOWSKI também contestou o evolucionismo através da corrente funcionalista sistemática. Além disso, foi o primeiro a realizar o trabalho de campo através da observação participante, ou seja, tendo contato direto com o seu “objeto” de estudo.

A Antropologia Jurídica surge no final do século XIX, especialmente após o início da colonização da África e da Ásia pelos europeus. Em 1926 MALINOWSKI publicou “Crime e Costume na Sociedade Selvagem”.

Os aspectos antropológicos podem ser percebidos no Brasil por sua extensão territorial e por sua multiplicidade cultural. Quanto à nossa extensão territorial, interessante evidenciar as observações de Darcy Ribeiro, para quem:

“Esse é, sem dúvida, o único mérito indiscutível das velhas classes dirigentes brasileiras. Comparando o bloco unitário resultante da América portuguesa com o mosaico de quadros nacionais diversos a que deu lugar a América hispânica, pode se avaliar a extraordinária importância desse feito.”  

Natureza, cultura e comportamento: Ao estudar a natureza e a cultura, percebe-se que há diferença entre elas. A natureza compreende o conjunto de características física e mentais dos seres humanos. A cultura engloba os modos comuns e aprendidos da vida, transmitidos pelos indivíduos e grupos em sociedade. A natureza não impõe normas, atua espontaneamente. A cultura, ao contrário, impõe regras sobre o que for necessário. Ela se sobrepõe à natureza

Evolução Humana: O estudo da evolução humana é um dos objetivos da Antropologia Física. Os documentos mais antigos da história primitiva do homem remontam há cerca de 70 milhões de anos. É no período de 2 milhões de anos a 10 mil anos que ocorrem as principais alterações da evolução humana

Cultura: Engloba os modos comuns e aprendidos da vida, transmitidos pelos indivíduos e grupos, em sociedade. De modo geral, a cultura se constitui dos seguintes elementos: conhecimento, crenças, valores, normas e símbolos. Segundo Edward B. Taylor “Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem com membro da sociedade.”

Etinocentrismo: Supervalorização da própria cultura em detrimento das demais. Uma característica comum dos povos consiste em repudiar as formas culturais (jurídicas, morais, religiosas, sociais, estéticas) com as quais não se identificam. Isso se traduz em uma repulsa diante das maneiras de viver, crer ou pensar que lhe são estranhas.

Para os gregos e romanos tudo que não participava de sua cultura era catalogado como bárbaro. A civilização europeia utilizou o termo selvagem com o mesmo sentido. Os termos selvagem e bárbaro evocam um genro de vida animal, por oposição à cultura humana.

A teoria DIFUSIONISTA preocupa-se em compreender os processos de transmissão de uma cultura para as outras. O tipo mais significativo de difusão é o das relações pacíficas entre os povos, numa troca contínua de pensamentos e invenções.

Roma foi, sem dúvida, o grande centro difusor de cultura jurídica na Antiguidade. Mesmo após o desaparecimento do Império Romano, o direito romano continuou a ser objeto de estudo a partir do século XI com os glosadores e depois se alastrou por toda a Europa. Nessa trilha, o direito romano acabou influenciando toda a construção do edifício jurídico da modernidade, ou seja, a cultura jurídica moderna, principalmente com o renascimento da atividade comercial e o advento dos grandes Estados nacionais, constitui-se com base no direito romano.

O costume é inerente a todos e a cada uma das instituições. Há costumes familiares, religiosos, econômicos e políticos. Exemplo: proibição de casamento entre pessoas de diferentes credos, etnias etc.
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

Aculturação: Aculturação é a fusão de duas culturas diferentes que entrando em contato contínuo, originam 
mudanças nos padrões da cultura de ambos os grupos.

Normas: São regras que indicam os modos de agir dos indivíduos em determinadas situações. Consistem, pois em um conjunto de ideias, de convenções referentes àquilo que é próprio do pensar, sentir e agir em dadas situações

Organização econômica: A organização econômica refere-se ao modo como os indivíduos conseguem, utilizam e administram seus bens e recursos. Faz parte da organização social e encontra-se em todas as sociedades, mesmo entre as mais simples.

Antropologia e Direito: Conexões do direito com a antropologia são evidentes, visto que o ser humano constitui objeto central dessas duas áreas do conhecimento, motivo pelo qual temas como igualdade e diferença são, ao mesmo tempo, jurídicos e antropológicos. Além disso, o direito constitui um dos aspectos da cultura, e esta constitui objeto específico da antropologia cultural. A Antropologia, tal como o direito, também se interessas pelos conflitos sociais, principalmente no que diz respeito à intervenção normativa na decisão jurídica desses conflitos, bem como desdobramento da ordem jurídica e diante das transformações culturais, sociais e políticas e econômicas.

Evolução Jurídica: Método de interpretação denominado método histórico-evolutivo é o método de interpretação da lei que faz com que o sentido da mesma se altere com as necessidades sociais do momento. Isso deve ser assim porque, se as relações sociais evoluem e as leis se mantêm estáticas, o direito perde a força e, em vez de promover o bem social, passa a criar problemas cuja consequência são as de atravancar o progresso. Três fatores podem ser destacados na evolução do direito: econômicos, políticos e culturais.

Positivismo Jurídico: Ao longo do século XX predominou nas Faculdades de Direito o modelo teórico denominado positivismo jurídico, motivo pelo qual o ensino jurídico tem negligenciado as contribuições da antropologia e de outras áreas do conhecimento.
Hans Kelsen é o teórico que eleva o positivismo jurídico ao seu patamar mais alto. Em 1934 publica a Teoria pura do Direito, na qual retoma as teses do positivismo jurídico do século XIX. Nessa obra elege a autonomia da ciência jurídica como problema fundamental da sua tese e confere-lhe método e objeto próprios, capazes de assegurar ao jurista o conhecimento científico do direito.

Dogmática e Zetética: Por influência do positivismo jurídico a ciência jurídica configurou-se como saber dogmático. É óbvio que o estudo do direito não se reduz a esse saber. Assim, embora o jurista seja um especialista em questões dogmáticas, é também, em certa medida, um especialista em questões zetéticas; visto que, diante da alta complexidade que o mundo contemporâneo imprime aos problemas jurídicos, muitas vezes, é preciso abordar e enquadrar o tema, não apenas nos seus aspectos jurídicos, mas também nos seus aspectos antropológicos, econômicos, sociológicos, políticos, filosóficos, éticos, históricos e etc.

Costumes e leis: A diferença entre costume e lei não quer dizer que esta seja obrigatória e o costume não. O costume pode ter conotações de “dever ser” tão forte quanto as normas legais. Segundo CLÓVIS BEVILÁQUA, lei é "a ordem geral obrigatória que, emanando de uma autoridade competente reconhecida, é imposta coativamente à obediência geral". 

Cidadania: Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do latim, “civitas” que quer dizer cidade.
 A Antropologia Jurídica nasceu na Alemanha, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, no final do século XIX. Segundo Norbert Rouland, antropólogo francês contemporâneo, a Antropologia Jurídica estuda as lógicas que comandam os “processos de juridicização” próprios de cada sociedade, através da análise de discursos (orais e/ou escritos), práticas e/ou representações. “Processos de juridicização” envolvem a importância que cada sociedade atribui ao direito no conjunto da regulação social, qualificando (ou desqualificando), como jurídicas, regras e comportamentos já incluídos em outros sistemas de controle social, tais como a moral e a religião.

A Antropologia Jurídica é uma disciplina indispensável aos operadores do Direito. Ela é importante para a formação e atuação dos operadores do direito porque vivemos, no Ocidente, neste início de século XXI, o questionamento do papel do Estado (talvez o maior “mito jurídico moderno”). Estamos revisando os princípios da Revolução Francesa que, dentre inúmeras mudanças, instaurou a negação do mundo sobrenatural e passou a opor indivíduos a grupos; leis a pluralismo; direito positivo a direitos costumeiros. A Antropologia Jurídica mostra que costumes, mais que leis positivas, animam as relações sociais. O ser humano busca sentidos para a sua existência e isso se dá através das dimensões do sensível e do invisível, as quais são contempladas, no campo científico, primordialmente pela Antropologia, Filosofia e Psicologia. Um Direito que realmente privilegie a compreensão do ser humano precisa dialogar com essas áreas.

As tendências da Antropologia Jurídica atual são basicamente cinco: 

Estudar a sequência dos conflitos, mais do que eles próprios, bem como as razões pelas quais as normas são ou não aplicadas, mais do que elas próprias;

Considerar o indivíduo um ator do pluralismo jurídico, relacionado a vários grupos sociais e a múltiplos sistemas agenciados por relações de colaboração, coexistência, competição ou negação; A produção da Antropologia Jurídica continua alicerçada em países ocidentais    industrializados de língua inglesa (estima-se que Estados Unidos e Canadá agrupem mais da metade de todos os atuais antropólogos do Direito);

No dito “Terceiro Mundo” pouco se ensina Antropologia Jurídica por razões de ordem ideológica, pois a maioria dos Estados adota concepções unitárias de direito legadas por ex-colonizadores. No Brasil há poucos profissionais e inexiste uma associação que os agrupe; Um dos mais agitados debates refere-se à universalidade dos direitos humanos e a seus limites.

O mercado de trabalho atual para o Antropólogo do Direito

No campo acadêmico, temas relacionados a direitos humanos, direitos de “minorias”, administração da justiça e sistema de justiça criminal vêm estimulando cada vez mais pesquisadores. Também se discute a inclusão da disciplina Antropologia Jurídica na grade curricular de cursos de graduação em Direito. No campo da elaboração e gestão de políticas públicas de segurança e justiça já há antropólogos atuando e têm ocorrido concursos públicos para que esses profissionais componham quadros nos quais atuem junto com promotores públicos, secretários de segurança etc. Enfim, uma sensibilidade maior para com problemas culturais vêm criando uma demanda crescente por antropólogos do direito.

O despertar para a diversidade e a alteridade e o reconhecimento jurídico do pensamento antropológico proporcionam ao Direito a percepção da imensa amplitude e riqueza que o torna tão especial.

Nesse pensamento, enfim, procurar-se-á demonstrar a importância da reflexão jurídico-antropológica. Abordar-se-á, de modo sumário, a Antropologia para, então, iniciar-se na compreensão dessas reflexões por sobre o jurídico.

BIBLIOGRAFIA

ASSIS, Olney Queiroz, KUMPEL, Vitor Frederico. Manual de Antropologia Jurídica. São Paulo: Saraiva, 2011.

MARCONI, Marina de Andrade. Antropologia: uma introdução / Marina de Andrade Marconi, Zelia Maria 

Neves Pressotto – 7ª ed. – 4ª. Reimpr. – São Paulo, Atlas, 2011.

ROCHA, José Manuel de Sacadura. Antropologia Jurídica: para uma filosofia antropológica do Direito.

SHIRLEY, Robert Weaver. Antropologia Jurídica. São Paulo: Editora Saraiva, 1987.

Schritzmeyer, Ana Lúcia Pastore – “Antropologia Jurídica” In Jornal Carta Forense, ano III, nº 21, fevereiro de 2005, pg. 24 e 25 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O PRÉ-SAL É NO BRASIL, É DO BRASIL E POUCOS BRASILEIROS O CONHECEM.


Robôs no fundo do mar em pesquisas

O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, formando uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho.  No Brasil, esta camada compreende uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros. Engloba o Espírito Santo, Santa Catarina, abaixo do leito do mar, além das bacias sedimentares do Espírito Santo, Campos e Santos.  Ela é chamada de pré-sal, em razão da escala de tempo geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de petróleo do pré-sal se formou antes (daí o termo “pré”) da outra rocha de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois.  Recentemente (em novembro de 2010), comunicou-se que haveria, em Tupi, reservas gigantescas deste óleo – a estimativa é entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo.

Mapa das regiões do pré-sal


Alguns obstáculos enfrentados para a extração deste petróleo: A profundidade em que ele se encontra: profundidades que superam mais de 7 mil metros. Este petróleo está debaixo de dois quilômetros de água, mais dois quilômetros de rocha e, por fim, outros dois quilômetros de crosta de sal.
 O sal: o sal é o maior problema enfrentado, obrigando o Brasil a desenvolver novas tecnologias. A três ou quatro mil metros de profundidade o sal se comporta como um material viscoso, instável. A Petrobrás possui bacias de até 5 mil metros de profundidade na rocha, no entanto, é sem sal.
 Custo: em razão da profundidade, da complexidade da operação, do necessário desenvolvimento de novas tecnologias e do aumento da mão de obra, será necessário um grande investimento por parte do governo.
 Manter o petróleo quente: o petróleo ferve dentro das rochas e é preciso mantê-lo aquecido, pois a queda de temperatura induz a formação de coágulos que entopem os dutos.
Benefícios com a extração do petróleo do pré-sal:
O petróleo reservado nas camadas de pré-sal é considerado leve, ou seja, de baixa densidade, sendo igual ou inferior a 0,87. A camada de sal conserva a qualidade do petróleo. É importante este fator, porque assim ele é muito mais fácil de ser refinado, além de produzir mais derivados finos; possui menos enxofre, por isso polui menos e, dessa forma, é mais valorizado no comércio mundial.
Avalia-se que tenha entre 70 e 100 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural mineral. Assim, haverá um grande lucro para o Brasil e, segundo a até então ministra Dilma Rousseff (na época do anúncio), o Brasil poderá se tornar exportador de petróleo com esse óleo. Ocorrendo assim maior geração de riquezas e empregos, além de o país adquirir maior poder de decisão política.
O Petróleo do Pré-sal e o meio ambiente:
Muitos ambientalistas e pensadores se opõem à forma de pensar do Brasil, quanto ao investimento na exploração do Petróleo. Eles acreditam que isto pode tornar o Brasil um vilão do aquecimento global.  O mundo está voltado para um pensamento de modificar as formas de obtenção de energia, por meios menos agressivos ao meio ambiente. Como, por exemplo, a energia eólica e a solar.
Indo, então, na contramão deste pensamento, o governo brasileiro decidiu apostar em um meio que produz grande poluição por meio dos seus muitos derivados. Temos, por exemplo, o enxofre, o dióxido de carbono e outros gases que poluem a atmosfera; sem contar os vazamento e acidentes que espalham grande quantidade de petróleo no oceano, matando muitas espécies animais e vegetais. Todos estes fatores devem ser levados em consideração ao se tomar esta decisão tão importante, pois os benefícios e comodidades conseguidos por meio deste óleo tão precioso, podem em um futuro bem próximo significar justamente o contrário.  A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da Petrobras acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas.


Plataforma P-34



Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será necessário ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal. É um processo complexo e que demanda tempo e dinheiro. Mas em contrapartida a capacidade estimulada da reserva pode proporcionar ao Brasil a condição de exportador de petróleo. Confirmada a hipótese, o governo brasileiro analisará a possibilidade de solicitar a adesão do país à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Vários campos e poços de petróleo e gás natural já foram descobertos na camada pré-sal, entre eles estão o Tupi, Guará, Bem te vi, Carioca, Júpiter e Iara. Tupi é o principal campo de petróleo descoberto, tem uma reserva estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos. De acordo com a atual Lei do Petróleo, as áreas de exploração serão leiloadas entre diversas empresas nacionais e estrangeiras. As que derem o maior lance poderão procurar óleo por tempo determinado.

Conforme Haroldo Borges Rodrigues Lima, diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as descobertas do pré-sal irão triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris. O início da produção em larga escala está previsto para 2013 ou 2014
O que é a camada pré-sal, petróleo, poços, gás natural, produção, formação, localização da camada, importância?
Informações importantes sobre a camada pré-sal 
Estas reservas se formaram há, aproximadamente, 100 milhões de anos a partir da decomposição de materiais orgânicos.  Os técnicos da Petrobras ainda não conseguiram estimar a quantidade total de petróleo e gás natural contidos na camada pré-sal. No Campo de Tupi, por exemplo, a estimativa é de que as reservas são de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo.    Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorreu no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34.

Camada do pré-sal

De 2008 até abril de 2013 a produção de petróleo e gás natural no pré-sal atingiu 192 milhões de barris. A exploração ocorre atualmente nas bacias de Santos (litoral do estado de São Paulo) e Campos (litoral do Rio de Janeiro). De acordo com a Petrobrás, em abril de 2013, a produção diária estava em torno de 310 mil barris. A empresa petrolífera informou também que, atualmente, são explorados 19 poços no pré-sal, através de 7 plataformas nas mesmas regiões.

Plataforma, base em alto mar
Futuro 
Se forem confirmadas as estimativas da quantidade de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se transformar, futuramente, num dos maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser de alto custo.   Acredita-se que, somente por volta de 2016, estas reservas estejam sendo exploradas em larga escala. Enquanto isso, o governo brasileiro começa a discutir o modelo de exploração que será aplicado.
Você sabia?
- A descoberta de petróleo no pré-sal ocorreu no ano de 2006, no campo de Lula (bacia de Campos).  Em setembro de 2008 foi produzido o primeiro óleo originário do pré-sal. Ele foi extraído no campo de Jubarte (bacia de Campos).
A camada do pré-sal é o resultado do sal que se depositou sobre a camada de microrganismos em decomposição, que dão origem ao petróleo. Resultou da evaporação da água do mar em locais rasos. A camada de sal acabou por formar uma espécie de “tampão” entre os microrganismos em decomposição e a água do mar. Esta espessura varia entre 200 a 2000 metros. As camadas petrolíferas sob a camada do pré-sal estão a 5 e 7 mil metros a baixo do nível do mar e levaram cerca de 100 milhões de anos para se formar. A descoberta do pré-sal se deu em 2006, no mandato do então presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva.
                         .
Luiz Inácio Lula da Silva

Referencias:  
www.brasilescola.com/brasil/presal.htm‎

www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/camada_pre_sal.htm‎

www.brasil.gov.br › Sobre › Economia › Energia

Vasconcelos, José Adson. Superestudante Júnior- São Paulo: Espaço Editora 2011.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

A globalização e a sociedade de consumo

Globalização

A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados. O surgimento da sociedade de consumo decorre diretamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milênios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
A globalização que  seduz a sociedade do consumo

As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing sedutoras  induzirem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.  A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos  baseiam-se na produção em série, e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.  Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional) O consumo é uma das características mais marcantes da sociedade contemporânea. Contudo, o consumo não é algo novo.  Para que seja possível o consumo é preciso que haja produção. Por outro lado, a produção consome matérias-primas. Então, há uma reciprocidade entre a produção e o consumo. A nossa sociedade é uma sociedade de consumo. O consumo é incentivado, inclusive pelas autoridades políticas e econômicas. O fetichismo da mercadoria atribui ao produto qualidades que alteram o valor que se paga pelo produto. A propaganda ajuda a difundir o fetiche das mercadorias e mobiliza o desejo do consumidor.
O fetichismo do consumo exagerado

Negativas

Uma das críticas mais comuns sobre a sociedade de consumo é a que afirma se tratar de um tipo de sociedade que se "rendeu" frente as forças do sistema capitalista e que, por tanto, seus critérios e bases culturais estão submetidos as criações postas ao alcance do consumidor. E neste sentido, os consumidores finais perderiam as características de indivíduos para passarem a ser considerados uma massa de consumidores que se pode influir através de técnicas de marketing, inclusive chegando a criação de "falsas necessidades" entre eles. Do ponto de vista ambiental, a sociedade de consumo se vê como insustentável, posto que implica um constante aumento da extração de recursos naturais, e do despejo de resíduos, até o ponto de ameaçar a capacidade de regeneração da natureza desses mesmos recursos imprescindíveis para a sobrevivência humana.
Em economia internacional, diz-se que o modelo consumista faz com que as economias dos países pobres se dediquem em satisfazer o enorme consumo das sociedades mais desenvolvidas, o que os fazem deixar de satisfazer suas próprias necessidades fundamentais, como por exemplo a alimentação e saúde da população, pois o mercado faz com que a maioria dos recursos sejam destinados a satisfazer a quem pagar mais. Os enfoques anteriores se combinam ao mostrar que, se a maioria da população mundial alcançar um nível de consumo similar ao de países industrializados, recursos de primeira ordem se esgotariam em pouco tempo, o que envolve sérios problemas econômicos, éticos e políticos. Por último, uma das maiores críticas a sociedade de consumo, vem de quem afirma que esta converte as pessoas a simples consumidores que encontram o prazer no mero consumo por si só, e não pela vontade de possuir o produto.  Infelizmente, um impacto desta sociedade de consumo ao meio ambiente e a sociedade em geral é sem dúvida a rápida obsolescência dos equipamentos causando hoje na sociedade o que conhecemos como lixo tecnológico, que também prejudica muito a natureza.

Consumismo

Algo comum que acontece dentro do sistema de consumo o excesso qu se manifesta como resposta ao apelo da mídia, pessoas comprando produtos dos mais variados tipos e funções em formas de pagamentos cada vez mais facilitadas, favorecendo o endividamento, além de fazer com que pessoas iludidas pelas propagandas acumulem itens não prioritários a suas vidas.Um estágio mais avançado do excesso de consumo manifesta-se em uma doença, uma anomalia no comportamento de algumas pessoas que passam a consumir compulsivamente. A globalização foi de uma certa forma, positiva para o mundo. Tivemos desenvolvimentos, evoluções, descobertas na medicina, curas e entre outros fatores. mas,infelizmente, ela também possui um lado negativo, antes do surgimento da globalização, por volta de 1972/1973, o ato da cidadania estava ligado a capacidade de apropriação de bens de consumo e a maneira de usá-los. As diferenças eram compensadas pela igualdade em direitos abstratos" (GARCIA CANCLINI,1995).  Nos anos 60 e 70, as culturas e produções nacionais eram suficientes (todos estavam satisfeitos), porque os produtos nacionais eram mais baratos do que os importados. O valor de consumir o que era "nosso", era bastante simbólico "procurar bens e marcas estrangeiras era um recurso de prestígio e ás vezes por opção de qualidade" (GARCIA CANCLINI,1995). O lado mais difícil de lidar da Globalização e que certamente origina descontentamento sobretudo de duas maneiras: em primeiro lugar, tudo que você compra em seguida torna-se obsoleto. Segundo, há pouco interesse com o passado e também com o futuro, o que irá ser priorizado é o presente, o imediato. Com toda essa vontade de ter tudo e agora entra a questão da alta rotatividade de produtos, que é a necessidade de trocar o produto, acompanhar a moda, a tecnologia, acompanhar o mundo. Um exemplo claro disso: os celulares, que antigamente era conhecidos como um simples meio de comunicação, hoje são considerados como uma necessidade. A cada modelo novo, multidões correm para trocar de aparelho, mesmo este em perfeito estado. Um celular no Brasil tem um tempo médio de troca de dois anos. Com inovações, câmeras, cores brilhantes, filmadora, vídeos, fotos  transforma um mero consumidor em um consumidor alienado. Avalia a diretora de marketing da BenQ Mobile, Regina Macêdo. Não importa o preço, o importante é ter o produto.  O desenvolvimento tecnológico do século XXI, principalmente no setor de transporte e telecomunicações, a disponibilização do acesso à INTERNET e a redução das barreiras alfandegárias possibilitou um grande incremento nas transações internacionais, constituindo o que se costuma denominar de globalização.  Com a globalização grandes empresas, antes limitadas pelo esgotamento dos mercados locais, lançaram-se à conquista do mercado internacional.


Sociedade desigual num mundo globalizado
                              

Referencias

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_de_consumo

http://www.webartigos.com/artigos/a-globalizacao-e-a-exclusao-social/47924/#ixzz2NhYIUr7M

ROCHA, José Manuel de Sacadura. Antropologia Jurídica: para uma filosofia antropológica do Direito.

SHIRLEY, Robert Weaver. Antropologia Jurídica. São Paulo: Editora Saraiva, 1987.

Schritzmeyer, Ana Lúcia Pastore – “Antropologia Jurídica” In Jornal Carta Forense, ano III, nº 21, fevereiro de 2005, pg. 24 e 25

 GARCIA Cancline, Néstor . Consumidores e cidadãos, 1995