NEPAL
BANDEIRA DE NEPAL |
CAPITAL DE NEPAL CIDADE KATMANDU
O Nepal é um país asiático dos Himalaias,
limitado a norte pela China (Tibete) e a leste, sul e oeste pela Índia, e é um país sem costa marítima. A sua capital
é Catmandu. No país se situa o Monte Everest, o pico mais alto da
terra com 8 848 m, na
fronteira norte com a China (Tibete).
As principais
cidades desta nação são, além da capital, a cidade-lago de Pokhara e Lumbini,
onde nasceu Sidarta Gautama, o Buda. Têm grande importância para o
turismo, sendo reconhecidas pela UNESCO devido ao valor histórico e por lá se
encontrar um grande acervo monumental.
O Nepal é um país
pobre, situado na encosta da cordilheira do Himalaia, no centro da Ásia, entre o Tibete (ocupado pela República Popular da China) e a Índia. Tem uma das maiores densidades demográficas do continente, com 184 habitantes por quilômetro quadrado. A população
nepalesa é composta de 12 etnias,
que convivem harmoniosamente.
CORDILHEIRA DO HIMALAIA |
A agricultura
emprega 90% da mão de obra,
tornando o país grande fornecedor de arroz para a região. Em vez de construção de
estradas, conter a erosão do solo há séculos tem sido a principal ocupação dos
governantes, sendo que o sistema de terraços usados na irrigação do arroz é um
desafio aos meios usados no ocidente para conter o mesmo tipo de erosão.
O Nepal tornou-se
uma república parlamentarista em 2008, após um acordo entre os partidos
políticos e as facções guerrilheiras rebeldes, tendo como pano de fundo a
crescente insatisfação popular com o autoritarismo do último rei, Gyanendra.
A pré-história do Nepal
não é clara até o século VIII a C.. A lenda conta que o vale de
Catmandu foi, nas suas origens, um belo lago no qual flutuava uma flor
de lótus da qual emanava uma mágica luz. O patriarca chinês Manjushri teria
decidido, ante tanta beleza, drenar a água do lago para que a flor pousasse no
solo. Para tal, teria se utilizado de sua espada para cortar a parede que
fechava o vale e permitir que a água saísse. No lugar em que o lótus teria
pousado, o patriarca teria construído um templo (a estupa de Swayambhunath)
e uma pequena aldeia de madeira denominada Manjupatan. Se desconhece se esta
lenda contém alguma verdade. Mas o certo é que os geólogos comprovaram
que o vale já foi coberto de água.
No século VIII a.C.,
apareceu a cultura quirate, com a invasão destes povos que fundaram, no
vale, um reino no qual governaram 28 monarcas, como Yalambar, o mais
famoso deles. Os quirates eram avezados comerciantes e ganadeiros.
Depois, vieram os lichávis, procedentes da Índia, que reinaram desde
o século IX ao XII d.C.. Os tacuristiveram, como principal
monarca, Amshurvarma, sucedendo-o a Dinastia Gupta, que conseguiu
fazer, deste país, um reinado independente. Do século XIII ao XVIII,
subiram ao poder os Mallas, que consolidaram a hegemonia do Nepal. A
meados do século XIX,Jung Bahadur Rana tomou o poder assassinando o
monarca legítimo e pondo, em seu lugar, um testa de ferro nomeado por
ele. Essa posição de testa de ferro passou a ser hereditária, com o nome de primeiro-ministro
Rana. Os Ranas governaram o Nepal durante um século até que, em 1940,
uma revolta popular acabou com esta ditadura.
Em 1951, regressou, ao
Nepal, o rei Tribhuvan Bir Bikram, que faleceria quatro anos depois. Foi,
então, substituído por seu filho Mahendra Bir Bikram Shah. O país ingressou na Organização
das Nações Unidas. Em 1959, se promulgou uma nova constituição e
celebraram-se as primeiras eleições do país, vencidas pelo Partido do
Congresso. Todavia, um ano depois, o monarca acabou com a incipiente
democracia, declarando ineficaz o sistema parlamentar. A partir de 1961,
proclamou-se um sistema de democracia dirigida sem partidos políticos. Em 1972,
morreu o rei. Sucedeu-o seu filho Birendra, que continuou a política de seu
pai. Em 1980, uma consulta popular ratificou o poder do rei, desprezando a
democracia parlamentar.
Em 1983, o rei nomeou o Nepal como
Estado de paz e recebeu o respaldo de 37 países. Em 1988, já eram 97 os países
respaldando o Estado de paz, com exceção da Índia e da União Soviética,
que não reconheceram esta zona de paz.
Em 1990, o rei dissolveu a
Assembleia e formou um novo governo com K.P. Bhattaral como primeiro-ministro.
O monarca apresentou uma nova constituição na qual se estabeleceu a democracia
multipartidarista. Em 1994, continuou, como chefe de Estado, o rei Birendra
Shah e, como chefe de governo, Mohan Adhikari.
Em 15 de Janeiro de 2007,
entrou, em vigor, uma constituição provisória que prepararia a realização de
eleições para uma Assembleia Constituinte. De acordo com a nova
constituição o rei estaria destituído dos seus poderes.
Em 24 de dezembro de 2007, os
partidos políticos do país, incluindo os governistas e os ex-rebeldes maoistas,
colocaram-se de acordo para abolir a monarquia a partir do primeiro semestre de
2008, com a nova constituição.
Geografia do Nepal
MAPA DO NEPAL
O Nepal é um pequeno país
localizado no sul da Ásia, entre a Índia e a República Popular
da China (Tibete). O seu tamanho contrasta com uma superpopulação estimada
entre 22 e 23 milhões de habitantes. O relevo do país é composto em grande
parte pelas altas montanhas da Cordilheira do Himalaia, com vários picos
de mais de 6 000 metros de altitude, destacando-se, entre estes, o Monte
Everest, o ponto mais alto da Terra. Juntamente com o Everest, o Nepal abriga
oito das quatorze montanhas que possuem mais de 8 000 metros de altitude.
As demais montanhas são: oKanchenjunga, o Lhotse, o Makalu, o Cho
Oyu, o Dhaulagiri I, o Manaslu e o Annapurna I.
O Nepal é conhecido como "o
topo do mundo"3 . A capital do país, Catmandu, tem
aproximadamente 800 mil habitantes. O país divide-se em 14 estados e 75 distritos.
A maior parte da população vive em vilas nas montanhas, que são demarcadas por
regiões
e números. O clima é
frio, porém somente nas montanhas há incidência de neve.
O Nepal pode ser dividido em três
regiões geográficas distintas: o Terai ao sul, com altitudes entre 400
e 1000 metros, geográfica e culturalmente semelhante à Índia; a região
dos Vales, com altitudes entre 1 000 e 2 000 metros, onde está Katmandu e Pokhara;
e a região do Himalaia, com altitudes superiores a 2 000 metros.
O famoso
posto de Namche BazaarKhumbu, na região próxima ao Monte Everest. A
cidade é construída em uma plataforma que lembra um gigantesco anfiteatro grego.
O Nepal segue o regime de monções tendo
3 meses, de meados de junho a meados de setembro, de chuvas. Para quem visita o
Terai e a região dos Vales, a chuva não chega a atrapalhar. Já para quem vai
fazer trekkings a época ideal é a primavera (março e
abril) e o outono (outubro e novembro), épocas em que a visibilidade das
montanhas é ideal e a temperatura não muito fria. Durante o inverno é
possível fazer trekking sendo que o único empecilho, contornável com bom
equipamento, é o frio.
Localizado na região dos Himalaias,
o Nepal conta com uma das maiores diversidades de flora do planeta. A
presença de grandes altitudes, o clima e o solo da região dentro de uma pequena
extensão gerou esta diversidade. É estimada a existência de aproximadam
Demografia
do Nepal
Os nepaleses são descendentes de
três grandes migrações da Índia, Tibete, norte da Birmânia e Yunnan,
através de Assam.
Entre os primeiros habitantes
foram os Kirat na região leste, Newar do Vale de Katmandu e
aborígenes Tharu na região sul do Terai. Os ancestrais das
castas de Brahman e Chetri da Índia vieram de grupos
presentes em Kumaon, Garhwal e Caxemira, enquanto que
outros grupos étnicos tem as suas origens no norte da Birmânia, Yunnan e
Tibete, por exemplo, o Gurung Magar, e no oeste, Rai e Limbu no
leste, e Sherpa Bhotia no norte do país.
No Terai, numa parte da Bacia do Ganges,
20% da área total do país, a população é fisicamente e culturalmente semelhante
à do Indo-arianos do norte da Índia. Indo-Arianos e da Ásia Oriental
misturaram-se com pessoas que vivem na região da colina. As altas montanhas são
escassamente povoadas. O Vale de Kathmandu, no meio da região da colina,
constitui uma pequena fração da área da nação, mas é a mais densamente povoada,
com quase 5% da população.
Apesar da migração de uma parte
significativa da população para as planícies do sul ou para o Terai nos últimos
anos, a maioria da população ainda vive no Planalto Central. As montanhas do
norte são pouco povoadas.
Catmandu, com uma população de
cerca de 800 000 habitantes (região metropolitana: 1,5 milhões), é a maior
cidade do país. A maior religião é o hinduísmo, professado por mais de 80%
da população do país.
O Nepal é um país multilingue,
multirreligioso e a sociedade é multiétnica.4
Economia
O Nepal é uma nação
pobre, com uma economia baseada na agricultura e no turismo.
Cerca de 90% dos habitantes trabalham na agricultura, principalmente no cultivo
de arroz.
ECONOMIA DO NEPAL É BASEADA NO ARROZ |
A influência indiana, cada vez mais forte, em pouco
tempo originou uma sociedade de
castas fortemente indianizada e
poderoso centro budista.
O turismo cresce
desde que a democracia foi restaurada, em 1990,
ajudado pela abolição das restrições a estrangeiros em 18 áreas, a noroeste do
país. Lumbini - a terra natal de Buda -
e a cidade-lago de Pokhara estão entre as principais atrações.
CULTURA LOCAL |
Meninas hinduístas vestidas com roupas típicas durante
celebração religiosa. As meninas mais ao alto estão representando os deuses
Vixnu e Lakshmi e as duas mais abaixo os deuses Krishna e Radha.
A cultura nepalesa é muito variada,
refletindo as diferentes origens étnicas de seu povo. Como cerca de 80% da
população é hinduísta, a cultura nepalesa tem muitos costumes, crenças e
tradições hindus. Entretanto a influência do budismo,
que abrange cerca de 10% da população, é grande. As duas religiões coexistem e
ritos hinduístas e budistas que acompanham o nascimento, o casamento e a morte
são praticados conjuntamente.
O folclore é uma parte integrante da sociedade
nepalesa. Contos folclóricos estão enraizados na realidade do dia-a-dia. Contos
de amor e de batalhas, bem como demônios e fantasmas, refletem o estilo de vida
local, bem como suas culturas e crenças. Muitos contos folclóricos nepaleses
são contados mediante a integração de dança e música.
Calendário
O ano nepalense começa em meados de
abril e está dividido em 12 meses. Sábado é um dia oficial de descanso. Dentre
os feriados nacionais estão o Dia Nacional, a comemoração do aniversário do rei
(28 de dezembro), o Prithvi
Jayanti (11 de janeiro), Dia
do Mártir (18 de fevereiro), e uma mistura de festivais hindus e budistas, tais
como o festival dashain no outono,
e o tihar no final do outono. Durante o tihar, o
comunidade Newar também comemora o seu Ano Novo, por seu calendário local, Nepal Sambat.
CULINÁRIA |
Como os hinduístas são em grande
medida vegetarianos, à semelhança
do que se passa na vizinha Índia, a culinária nepalesa reflete uma dieta
vegetariana. Um prato tipicamente nepalês (alguns ironizam que é o único prato nepalês) é o dal bhat, cuja base é uma
porção de arroz (bhat) branco cozido e uma sopa ou molho muito pouco
espesso de lentilhas (dal). Usualmente pode incluir
outros molhos, nomeadamente chetnim (também chamadochutney) e
outros ingredientes. Usualmente é servido num tabuleiro onde se encontra um
prato ou tigela de arroz, vários copos com os molhos e "sopas",
apresentando-se os restantes ingredientes, se existirem, noutras tigelas. Uma
das variantes mais populares é o dal
bhat tarkari, que além do arroz e do dal,
inclui uma porção de caril de vegetais (tarkari). Além do tarkari, é comum incluir iogurte e, por vezes, caril de carne (frango ou, menos frequentemente, borrego) ou peixe. Embora para muitos
paladares pouco acostumados com comida picante a comida nepalesa possa parecer
algo picante, em comparação com outras zonas do sul da Ásia e Extremo Oriente
praticamente a comida nepalesa está longe de ser verdadeiramente picante.
MORADIAS TIPICAS DE NEPAL |
A maior parte das casas na área rural
do Nepal são constituídos com uma estrutura de bambu muito resistente e paredes recobertas
de barro e uma mistura com esterco de vaca. Este tipo de habitação
permanece fresca no Verão e mantém o calor no inverno. As casas
nas colinas são normalmente feitas de tijolo cru com thatch, telhado de telha. Em
altas altitudes, as construções mudam para alvenaria e pedra ardósia pode ser utilizada nos telhados.
Os newari
Os newaris ou newars,
um povo indígena do Vale
Kathmandu, exercem grande influência sobre a cultura nepalesa. A música típica
newari é constituída principalmente por instrumentos depercussão, apesar de
instrumentos de sopro, tais como flautas e outros similares, também serem
utilizados. Instrumentos de corda são muito raros. Existem canções relativas a
determinadas épocas do ano e festivais. Existem determinados instrumentos
musicais, como dhimay e bhusya,
que são reproduzidos apenas de forma instrumental e não são acompanhados de
vocal. Também há muitas canções folclóricas conhecidas como geet e lok
lok dohari.
As danças newaris podem ser
globalmente classificadas em bailes mascarados e não mascarados. A mais
representativa dança é a Lakhey.
Quase todas as vilas de newaris realizam a dançaLakhey pelo menos uma vez por ano,
principalmente no mês Goonlaa.
Referências
1.
↑ PNUD, http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde,
05 de Outubro de 2009
2.
↑ Almanaque
Abril (editora Abril), edição 2010 -- pág. 552
3.
↑ http://noticias.r7.com/videos/nepal-o-topo-do-mundo-conheca-o-himalaia-e-um-dos-povos-mais-antigos-da-asia-/idmedia/4335a550b667a94608d9e4829d7eb646.html
4.
↑ Estes
dados são em grande parte derivados do censo de 2001 realizado no Nepal e
publicados no Relatório da População de 2002.